Brasil deve confinar 6,995 milhões de bovinos em 2023, aponta Dsm-firmenich

A estabilidade leva em conta a alta do custo do boi magro e queda nas cotações do boi gordo

Da Redação

Brasil deve confinar 6,995 milhões de bovinos em 2023, aponta Dsm-firmenich
Confinamento em 2023 deve chegar a 6,9 milhões de cabeças
Wenderson Araújo/Trilux

A Dsm-firmenich, detentora da marca Tortuga de suplementos nutricionais para animais, informou nesta quarta-feira (21) que o Brasil deve confinar 6,995 milhões de bovinos em 2023. De acordo com a especialista comercial e de produtos Fabiana Fonseca, esse número deve ficar estável ou 0,5% abaixo do registrado em 2022, quando o país confinou 7,028 milhões de cabeças. Os dados foram projetados com base no Censo de Confinamento, realizado em abril.

Fabiana disse que o número de bovinos confinados vinha crescendo em torno de 4% a 5% a cada ano, como foi observado de 2020 para 2021 e de 2021 para 2022, mas tende a ficar estabilizado neste ano. “Observamos, nessa primeira rodada, que o Mato Grosso deve ter estabilidade nos confinamentos neste ano, São Paulo deve crescer 4%, Goiás recuar 3%, Minas Gerais deve aumentar 6% e Mato Grosso do Sul retroceder 6%”, comenta

Para o gerente técnico de Confinamento da dsm-firmenich para a América Latina, Hugo Cunha, a estabilidade prevista para esse ano, até o momento, leva em conta a alta do custo do boi magro e a queda observada no preço do boi gordo. Ele observa, porém, que esse número pode ser revisto nas próximas rodadas, uma vez que já é possível observar no mercado uma redução no valor da reposição diária do boi gordo e na dieta alimentar dos animais. “Como apenas 35% dos bovinos são confinados no primeiro giro e 65% no segundo giro, a partir do segundo semestre”, esse número pode ser revisto mais adiante”, admite.

O vice-presidente do negócio de Ruminantes da dsm-firmenich para a América Latina, Sergio Schuler, observa que tem havido uma mudança no cenário de confinamento das fazendas brasileiras ano a ano. “Os grandes confinamentos, que contemplam acima de 10 mil bovinos, têm crescido e já representam 52% do mercado, enquanto os pequenos confinamentos, que abrigam menos de mil animais, têm caído bastante e hoje representam apenas 3% do número total de animais confinados”, detalha.

Destacando os resultados do Tour de Confinamento realizados pela DSM em 2022, Cunha ressalta que os confinamentos brasileiros têm evoluído muito em termos de modernização, com a automação do parque de máquinas, práticas de bem-estar animal, sustentabilidade e nutrição de precisão.

Schuler acrescenta ainda que o censo de confinamento da dsm-firmenich, vem mostrando que quanto maior a produtividade nos confinamentos, menor é o custo de produção e maior a rentabilidade que pode ser obtida pelos pecuaristas.

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