O consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), registrou um crescimento de 1,07% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela entidade nesta quinta-feira (23/2), em entrevista coletiva. A expectativa da entidade, segundo Marcio Milan, vice-presidente da Abras, é que o consumo aumente 2,5% (em relação ao ano passado) nos lares.
Segundo o executivo, isso deve ocorrer devido ao aumento do salário mínimo, para R$ 1.320, ao pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil (renomeado Bolsa Família), ao resgate do PIS?PASEP, e a entrada da safra de grãos, que aumenta a oferta e promove uma estabilidade maior nos preços dos alimentos.
A cesta “Abrasmercado”, com 35 itens de largo consumo, acumulou alta de 6,39% em 12 meses até janeiro de 2023 e ficou em R$ 754,98. A variação mensal dos preços dos alimentos foi de 0,08%.
As principais altas foram puxadas por batata (+14,14%), feijão (+5,69%), tomate (+3,89%), arroz (+3,13%) e farinha de mandioca (+2,75%). E os maiores recuos no preço foram da cebola (-22,68%), carne bovina, corte dianteiro (-1,93%), frango (-1,29%), óleo de soja (-0,46%), leite em pó (-0,45%), leite longa vida (-0,30%) e carne bovina corte traseiro (-0,12%).
A cesta de alimentos básicos, com 12 produtos, registrou variação de 0,25% na comparação com dezembro do ano passado, ficando em R$ 318,35. De acordo com Milan, os itens básicos que mais pressionaram a cesta foram feijão (+5,69%), arroz (+3,13%) e derivados do leite como o queijo muçarela (+0,46%) e o queijo prato (+0,46%).
Essa cesta é formada por alimentos básicos como açúcar, arroz, café moído, carne bovina, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, macarrão, óleo de soja e queijo.