A primeira estimativa para a safra de grãos na temporada 2024/2025, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para uma produção de 322,47 milhões de toneladas e, se confirmado, esse valor será 8,3% maior que a safra 2023/2024. A área cultivada, segundo a estatal, terá um crescimento de 1,9% com 81,34 milhões de hectares.
O arroz deve ter um crescimento de quase 10% na produção no novo ciclo de produção. Em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás esse aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%. O Sul, principal região produtora de arroz no país, também tende a registrar uma maior área cultivada, chegando a cerca de 1,16 milhão de hectares.
Mas o carro chefe do agro continua sendo a soja. Os produtores também devem destinar uma maior área para a cultura, com elevação de 2,8% quando comparada com a temporada passada. No entanto, o percentual de crescimento de área da oleaginosa está arrefecido nesta safra, sendo este o terceiro menor percentual de incremento registrado desde o ciclo 2009/2010. O atraso do início das chuvas, sobretudo nos estados da região Centro-Oeste, vem atrapalhando os trabalhos de preparo do solo e do plantio. Ainda assim, a produção está estimada em 166,05 milhões de toneladas.
Agro Band conversou com Ana Luiza Lodge, consultora da Stonex, que explica como o clima pode influenciar a nova safra de soja nos próximos meses da safra. “O clima pode interferir em algumas culturas, mas o ritmo no campo está ganhando força e as projeções estão mais positivas para confirmarmos uma super safra, mas é preciso aguardar o clima nos próximos meses, o La Niña, mesmo com uma intensidade mais fraca”, analisa.