Alemanha confirma casos de febre aftosa em búfalos

Doença é altamente contagiosa e rebanhos localizados nas regiões próximas ao foco serão sacrificados

Rebanho de búfalos foi sacrificado após confirmação da doença
Wenderson Araújo/CNA

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) confirmou um foco de febre aftosa na Alemanha, algo que não era registrado no país desde a década de 1980. A doença foi detectada em búfalos.

O governo da Alemanha implementou medidas sanitárias imediatas de contenção para evitar a propagação da doença. O surto ocorreu em uma fazenda localizada na região de Märkisch-Oderland, no Estado de Brandemburgo, a cerca de 50 quilômetros de Berlim. Em um rebanho de 14 búfalos, três animais estavam contaminados com o vírus da febre aftosa, que é altamente contagiosa. Todos os animais foram abatidos.

A Ministra da Agricultura de Brandemburgo, Hanka Mittelstädt, confirmou o foco da doença na última sexta-feira (10). O governo local proibiu o transporte de animais por 72 horas, com a possibilidade de prorrogação. A proibição se aplica a gado, suínos, ovelhas, cabras, camelos, alpacas e lhamas. Cerca de 200 suínos em uma fazenda próxima ao local do surto serão abatidos como medida preventiva e o governo está rastreando rebanhos em um raio de três quilômetros distantes do foco da doença para eliminar novas possíveis transmissões.

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos, caprinos e búfalos. Os sintomas incluem febre, diminuição do apetite, salivação excessiva, formação de bolhas e outros sinais clínicos. Embora a mortalidade geralmente seja baixa, o impacto na saúde dos animais é significativo.

A doença não representa riscos à saúde humana ou à segurança alimentar, mas os humanos podem espalhar o vírus se entrarem em contato com animais infectados, produtos de origem animal contaminados ou materiais como equipamentos agrícolas, calçados, roupas e pneus de veículos. A transmissão também pode ocorrer por contato direto ou via aérea, o que facilita a infecção de rebanhos inteiros rapidamente.

No Brasil, a doença não é registrada desde 2006. Desde então, foram implementadas zonas livres da doença, que deram sustentação ao destaque do Brasil como líder mundial no comércio de proteína animal, em bases sustentáveis. Em maio de 2024, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou o status de país livre de aftosa sem vacinação. 

As informações são da agência de notícias alemã Deutsche Welle (DW).

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