As queimadas que atingem as áreas cultivadas com cana-de-açúcar em diversas regiões do Brasil, mas principalmente no estado de São Paulo, devem interferir na produção de açúcar e etanol. Isso porque a agroindústria de cana, que contabiliza mais de 230 mil hectares de lavouras atingidas, será ‘forçada’ a mudar o mix de produção para tentar reduzir o prejuízo.
As programações das usinas devem ser focadas na produção de mais etanol nos próximos meses, já que a cana atingida pelo fogo, não terá qualidade o suficiente para a produção de açúcar. Com uma menor oferta de açúcar no mercado, o preço deve subir ainda mais. Até a última semana, o produto já acumulava alta de 2,3% desde o início dos incêndios.
Outro setor fortemente afetado pelas queimadas, possivelmente criminosas, é a pecuária. O fogo que atinge os pastos faz com que os animais fiquem sem alimentos, ou ainda, uma pastagem de qualidade e a oferta de carne no mercado também deve diminuir, fazendo os preços subirem nas próximas semanas.