O Irã disparou dezenas de mísseis contra Israel nesta terça-feira, 1 de outubro, e alguns deles atingiram o território. Este foi o segundo ataque do Irã neste ano. Em abril, o país disparou mísseis e drones contra Israel. O ataque provocou altas nas cotações de algumas comoditties e a principal foi o petróleo.
Na tarde desta terça-feira (1), o preço do petróleo aumentou 5% e fechou o dia em 3,2%. Essa variação deve afetar diretamente o agronegócio brasileiro, já que por aqui, a dependência do modal rodoviário é forte. Além disso, a cotação do dólar também deve interferir nos custos da safra, já que apesar de grande exportador, o país ainda importa alguns produtos, principalmente fertilizantes.
O Oriente Médio não é um grande parceiro comercial do Brasil, mas no setor agropecuário, os países árabes têm um grande peso, são importantes importadores de açúcar, proteína animal (carne bovina e de frango) e de produtos do complexo da soja.
Na tarde de terça-feira, a alta do petróleo já impactou também as cotações de produtos agrícolas como o milho, que teve uma alta de 1,3% na Bolsa de Chicago, o trigo, 2,5% e o açúcar, subiu 2,2% na Bolsa de Nova Iorque.
A jornalista Ana Amélia Lemos analisa a situação e indica que, por o Irã ser o segundo maior produtor de petróleo do mundo, os impactos do conflito devem aumentar e as lavouras brasileiras sentirão algumas consequências, principalmente no setor de fertilizantes, que já sofreu altas nos últimos anos devido ao conflito entre Ucrânia e Rússia.
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