Cepea avalia desafios e oportunidades no mercado agrícola de 2024

AÇÚCAR: O mercado paulista de açúcar cristal branco mostrou resiliência em 2024 frente aos desafios internos e externos. A menor oferta, somada à competição entre os diferentes destinos da cana-de-açúcar, evidenciou

Por Agro+

AÇÚCAR: O mercado paulista de açúcar cristal branco mostrou resiliência em 2024 frente aos desafios internos e externos. A menor oferta, somada à competição entre os diferentes destinos da cana-de-açúcar, evidenciou as estratégias das usinas em maximizar suas margens diante de um cenário de incertezas.

ALGODÃO: A produção brasileira de algodão em pluma cresceu em 2023 pelo terceiro ano consecutivo, ao passo que a norte-americana caiu. Esse cenário levou o Brasil a se tornar o maior exportador mundial da pluma em 2024, ultrapassando os Estados Unidos, que ocupavam a primeira posição desde a safra 1993/94.

ARROZ: O mercado de arroz passou por expressivas oscilações e turbulências ao longo de 2024. No primeiro trimestre, os preços caíram fortemente, refletindo a expectativa de crescimento da oferta, pois os estoques estavam baixos. A catástrofe climática no Rio Grande do Sul, no final de abril, porém, trouxe incertezas quanto ao impacto sobre as áreas que ainda precisavam ser colhidas, assim como sobre perdas de produto estocado, impulsionando as cotações rapidamente. Os valores seguiram firmes até meados de novembro, voltando a se enfraquecer no encerramento do ano.

BOI: Para a pecuária nacional, 2024 fica marcado como um ano de acontecimentos fortes e também de variações acentuadas dos preços. É um ano de recordes de abate, de produção, de disponibilidade interna, de exportação, de queimadas e também de preços ora muito baixos, ora muito altos. É um ano que deixa sinais de mudança de ciclo. Para pecuaristas, o mercado ao longo de 2024 oscilou do “inferno ao céu” e, na virada do ano, buscava o equilíbrio entre os fundamentos do mercado e o mais recente solavanco de preços sem causas muito claras.

CAFÉ:  O ano de 2024 foi marcado pelos elevados preços dos cafés robusta e arábica – os valores internos de ambas variedades mais que dobraram no ano. As condições climáticas desfavoráveis (estiagem e calor) ao longo de boa parte do ano, a colheita abaixo do esperado no Brasil – que encurtou os estoques – e a menor produção do Vietnã foram alguns dos fatores que alavancaram os valores do grão.
ETANOL: Depois de a safra passada (2023/24) ter registrado clima favorável à colheita e à moagem da cana-de-açúcar e preços baixos, em função do volume robusto de produção de etanol, a atual temporada 2024/25 vai caminhando para o fim com outro cenário: redução no processamento, possível entressafra mais longa, cotações firmes e incertezas quanto aos reflexos do clima sobre as produções de açúcar e de etanol no ciclo 2025/26.

FRANGO: O ano de 2024 foi desafiador, mas, no balanço, foi positivo para o setor de avicultura de corte nacional. Esse cenário foi favorecido sobretudo pelos maiores preços de comercialização da carne e do animal vivo, que, por sua vez, tiveram suporte vindo da oferta mais controlada e das aquecidas demandas interna e externa. Além disso, as quedas nos preços de importantes insumos utilizados na atividade avícola nacional reforçam o contexto positivo ao setor neste ano.

MILHO: Em termos agregados, a oferta brasileira de milho caiu em 2024 – as produções de primeira e segunda safras recuaram, enquanto a da terceira cresceu (Norte e Nordeste). O clima desfavorável prejudicou a produtividade, o que resultou em menor disponibilidade. Por outro lado, a oferta mundial da temporada 2023/24 aumentou, devido aos incrementos na colheita nos Estados Unidos, na China, na União Europeia, na Argentina e na Ucrânia.

OVINOS: O ano de 2024 foi marcado por aumento nas cotações dos ovinos. Segundo pesquisadores do Cepea, na maioria das regiões, o impulso aos valores veio sobretudo da restrição na oferta de animais para abate.

SOJA: Vendedores de soja brasileiros encerram 2024 registrando renda menor. A área cultivada cresceu neste ano, mas a produtividade caiu em importantes regiões, o que resultou em queda na produção nacional. Mesmo nesse ambiente, os preços recuaram, já que a produção mundial aumentou mais que a demanda, elevando a relação estoque/consumo. A situação só não foi pior porque houve aumento na demanda por óleo de soja, visando a produção de biodiesel.

TRIGO: Após quatro anos apresentando crescimento de área, produtores reduziram o cultivo de trigo em 2024. As expressivas quedas de preços ao longo de 2023 e perdas no campo diminuíram expressivamente a rentabilidade do produtor e, consequentemente, o apetite por elevar a área dedicada à cultura em 2024.

Fonte: Cepea

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