O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a ameaçar nesta terça-feira (30), uma invasão em Rafah. A cidade é a única na Faixa de Gaza ainda sem presença das tropas israelenses e refúgio para mais de um milhão de palestinos.
A cidade onde mais da metade da população de Gaza está amontoada convive com o medo de um ataque terrestre do exército israelense.
A esperança para evitar mais um desastre é o acordo para uma pausa nos bombardeios de Israel, que pode garantir a libertação de 33 reféns do Hamas em troca de um número bem maior de prisioneiros palestinos.
O Egito, que ajuda a mediar as conversas, tem demonstrado otimismo. Uma comitiva do Hamas deixou o Cairo nesta segunda-feira (29), com a promessa de uma resposta sobre a proposta nas próximas 48 horas.
Mas o premier israelense, Benjamin Netanyahu, foi categórico: o exército israelense vai entrar em Rafah, no sul de Gaza, com ou sem acordo de cessar-fogo.
Em comunicado, a ONU informou que vai exigir uma investigação independente contra Israel assim que os bombardeios cessarem. Filipe Lazarine, chefe da agência de ajuda aos palestinos, disse que o governo israelense comete flagrante desrespeito às Nações Unidas.
Lazarine acusou Israel de tratar as instalações da Agência como alvo e de responsabilidade pela morte de 182 funcionários. Em Gaza, onde a fome assola a população, a reabertura de padarias em meio às ruínas tem sido comemorada pelos palestinos.