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Número de mortos pelas chuvas no Rio Grande do Sul sobe para 39

Nesta sexta-feira (3), a prefeitura de Porto Alegre mandou esvaziar o centro da capital do Rio Grande do Sul após uma das comportas do Cais Mauá romper

Da redação

O número de mortos pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias subiu para 39, confirmou o governador do estado, Eduardo Leite, durante entrevista coletiva. 69 pessoas estão desaparecidas.

Pelo menos 235 cidades gaúchas foram afetadas, cerca de 7.949 pessoas estão em abrigos, outras 23.598 estão desalojadas. No total, mais de 351 mil gaúchos foram diretamente afetados pelas enchentes. 

Eduardo Leite também afirmou que este é o “maior desastre natural” que já aconteceu na região, superando a tragédia do Vale do Taquari, no ano passado, quando mais de 50 pessoas morreram.

Os temporais castigam o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29). O estado vem sofrendo com ciclos cada vez mais recorrentes de intempéries climáticas.

Nesta sexta-feira (3), a prefeitura de Porto Alegre mandou esvaziar o centro da capital do Rio Grande do Sul após uma das comportas do Cais Mauá romper.

O Departamento Municipal de Água e Esgotos informou que os alagamentos devem se estender até a avenida Farrapos. A prefeitura, o sindicato de lojas de Porto Alegre e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre acordaram o fechamento do comércio no Centro Histórico e o 4º Distrito. 

Com isso, as organizações interromperam a circulação de pessoas na área, afetada também pela cheia do Guaíba. 

Ajuda do governo federal

O Ministério da Saúde confirmou a mobilização de 60 profissionais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e do Grupo Hospitalar Conceição (GhC) para dar assistência à população gaúcha afetada pelos temporais que assolam a região.

Equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a pasta, também chegaram ao estado para reforçar o atendimento. O objetivo é que os profissionais atuem para diminuir o risco de exposição da população, além de reduzir doenças e agravos.

Em nota, o ministério informou ter enviado ao estado 20 kits emergência, compostos por 32 tipos de medicamentos e 16 tipos de insumos cada, incluindo luvas, seringas e ataduras. O material é suficiente para atender até 30 mil pessoas por um período de 30 dias.

A pasta vai instalar ainda um Centro de Operações de Emergência (COE) para eventos naturais extremos no estado. “O COE permite a análise de dados e informações para subsidiar a tomada de decisão dos gestores e técnicos, na definição de estratégias e ações adequadas para o enfrentamento de emergências em saúde pública”.

“Para projetar danos e traçar estratégias, uma equipe da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde está no Rio Grande do Sul, buscando evitar problemas maiores em unidades de saúde, orientar o estado e os municípios, e apoiar no processo de recuperação da área afetada.”
 

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