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Vídeo: casa desaba e pessoas no telhado desaparecem em enchente no RS

A tragédia no Rio Grande do Sul já é considerada a pior da história pelo governo do estado

da Redação

Mais uma cena trágica das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul foi registrada. Desta vez, aconteceu na cidade de Igrejinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Duas pessoas e um cachorro aguardavam o resgate de um helicóptero no telhado de uma casa praticamente toda encoberta pela água, até que a residência desabou e todos desapareceram na correnteza.  

Segundo informações preliminares, uma das vítimas foi resgatada próximo ao local do desabamento. A outra pessoa e o cão seguem desaparecidos. 

A tragédia no Rio Grande do Sul já é considerada a pior da história pelo governo do estado. Chove praticamente sem parar há uma semana. As enchentes e os deslizamentos atingem mais de 150 cidades.

Pelo menos 235 municípios foram afetados. O governador Eduardo Leite, em coletiva de imprensa, disse que este é o “maior desastre natural” que já aconteceu na região, superando a tragédia do Vale do Taquari, no ano passado, quando mais de 50 pessoas morreram.

Por que chove tanto no RS?

Segundo a meteorologista Desirée Brandt, o motivo das altas precipitações é uma combinação de fatores, principalmente a incidência do fenômeno El Niño aliada a uma área de alta pressão em cima do Brasil. 

“Isso se deve ao fenômeno El Niño que, embora esteja dando sinais de enfraquecimento, ainda é vigente. O Oceano Pacifico ainda está mais quente que normal. Não é seu ponto mais forte, mas o Pacifico ainda está quente, e a atmosfera ainda está respondendo a esses efeitos. De que forma? Provocando uma grande frequência de chuva, de formação de instabilidades, de frente fria em cima do Rio Grande do Sul”, disse.

“Combinado a este fator temos também a presença de uma área de alta pressão em cima do Brasil que neste momento impede a chuva entre Paraná, Sudeste, Centro-Oeste até o Nordeste e o Norte, mantém as temperaturas elevadas e dificulta o avanço das frentes frias. É como se funcionasse como uma barreira, um bloqueio que não deixa as frentes frias que atuam no Sul avançarem para outras áreas. Enquanto estão presas no Rio Grande do Sul, ficam provocando chuva dia após dia”, completou. 

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