Notícias

Sob forte calor, fãs da Madonna usam soluções criativas para se refrescar

Com previsão máxima de 37ºC no sábado (4), show da Rainha do Pop promete ser quente no palco e na temperatura

Por Daniel Henrique

Com previsão de temperatura máxima de 37ºC no próximo sábado (4), no Rio de Janeiro, fãs da cantora Madonna que vão acompanhar o show da areia da Praia de Copacabana se preparam fisicamente e psicologicamente para encarar o calor extremo.

Segundo o Climatempo, a cidade vai ter um fim de semana de temperaturas elevadas e baixa umidade do ar. 

A arquiteta Ticiana Braga é de Manaus e veio ao Rio somente para o show. Mas como já é uma fã experiente da rainha do pop, ela diz que está acostumado com os perrengues.

A gente já tá acostumado com o calor. Em 2012, na (Tour) MDNA, a gente ficou dez dias na fila, de seis da manhã até às cinco horas da tarde sem água, sem banheiro, e tá todo mundo bem. Calejados. Quarenta anos de carreira de Madonna e quarenta anos de fã. Alegria sempre lá em cima.

Apesar da alegria, é preciso tomar cuidado com as condições climáticas.

A cidade do Rio teve o mês de abril mais seco desde 1997, segundo dados do Sistema Alerta Rio. A média das temperaturas máximas pro mês neste ano foi 33,5º, dois graus acima da média dos últimos dez anos.

O profissional de T.I. e fã da Madonna Marcos Cabral confecciona leques nas horas vagas. Ele resolveu juntar a paixão pela diva com o hobby e ajudar as pessoas a aliviar o calor.

Já tem mais ou menos um ano que eu lancei um leque com o tema dela. E agora pro show, fiz outros dois. E aí foram mais de 100 leques que vão estar espalhados pela plateia do show. O Rio de Janeiro é sempre quente, e o leque já me acompanha em todos os eventos, festas, carnaval. O leque é sempre um fiel escudeiro pra esse tipo de evento. Eu, particularmente, comprei barraca, cadeira de praia, pra gente armar um circo mais cedo e pegar um lugar bom para ver o show mais tarde.

Em novembro do ano passado, a jovem Ana Clara Benevides, de 23 anos, morreu após passar mal no Estádio Nilton Santos, enquanto aguardava o show da cantora americana Taylor Swift. A morte foi provocada por exaustão térmica por exposição difusa ao calor, segundo o laudo do IML. Também houve outros relatos de pessoas que passaram mal por conta da temperatura elevada.

Para que novas tragédias não aconteçam, a Prefeitura vai instalar pontos estratégicos de distribuição de água para o público no dia do show em parceira com a Cedae, companhia responsável pela produção de água na Região Metropolitana. Além disso, serão montados três postos pré-hospitalares que contarão com 45 poltronas de hidratação e 36 leitos.

Além disso, a sensação térmica em Copacabana pode ser amenizada pela brisa que vem do mar, já que o show vai ser realizado na praia.

Outra preocupação dos fãs que vão acompanhar o evento é a segurança. Segundo o secretário Municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, os órgãos da Prefeitura vão operar em conjunto com a Polícia Militar para evitar que objetos que possam causar perigo sejam levados para o perímetro do show.

A Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal atuam integrados as policias. A gente tem tido experiências bem-sucedidas nos bloqueios que a Polícia Militar vem fazendo no acesso ao bairro. E nesses bloqueios a gente atua para evitar a entrada de facas, entrada de vidro, para evitar a entrada de grandes estruturas que acabam comprometendo a mobilidade das pessoas. Os barraqueiros de praia vão poder trabalhar normalmente. Aqueles que precisaram ser remanejados por conta do palco já têm um local para trabalhar, então eles vão poder trabalhar normalmente. A mesma coisa os quiosques, vão poder trabalhar normalmente dentro da área dos quiosques. Lembrando, a proibição dos cercadinhos tanto nas areias quanto nas calçadas. E 600 ambulantes foram credenciados pela organização do evento para trabalharem também especificamente servindo ao público do show.

Um milhão e meio de pessoas são esperadas em Copacabana, com número de turistas alto. Só a Rodoviária do Rio registrou um aumento de 30% na procura por viagens à cidade para sexta e sábado, se comparado com dias normais. 

Os principais locais de origem dos ônibus são Minas Gerais, São Paulo e outros municípios do interior do Rio de Janeiro. São esperados cerca de 40 mil passageiros em quase 1.200 ônibus. A capital fluminense ainda deve receber 170 voos extras de 27 locais diferentes entre os dias 1º e 6 de maio.

Tópicos relacionados